A escrita quer conversar com a gente
 



A escrita quer conversar com a gente

por Tainá Rios

Durante uma aula online sobre crônicas com a jornalista e mentora em escrita, Ana Holanda, eu conheci a história da ilustradora colombiana, Valentina Toro, e sua trajetória para escolher o tema da sua primeira obra literária.

Valentina desejava escrever uma saga com enredos complexos. Ela acreditava que isso chamaria mais atenção do público. Com o passar do tempo, a história foi se tornando um problema, porque quanto mais ela pensava, mais difícil a obra de tornava.

Foi nesse exato momento da história que a jornalista Ana trouxe uma reflexão para os alunos daquela sala virtual: o que é mais importante para a escrita? O silêncio tomou conta e Ana o quebrou com uma frase simples: a narração daquilo que nos atravessa.

É na contação das nossas experiências de vida que criamos crônica, poesia e até ficção.

No final da aula, eu continuei pensando na história da Valentina. E entrei na seguinte reflexão: qual a minha busca na escrita? Será que busco vivenciar experiências complexas para compartilhar nas minhas crônicas? Ou prefiro trazer relatos breves e convidar os meus leitores a apreciarem mais a beleza oculta da rotina?

A resposta está nesse texto: trazer reflexões de breve momentos vividos por mim.

Eu não busco na escrita algo enigmático, como foi o início da trajetória da ilustradora colombiana. Eu só quero compartilhar sentimentos, memórias e pensamentos. E aos poucos permitir que uma lágrima de emoção ou um sorriso de alegria apareça no rosto de quem me lê.

Querem saber como foi o final da saga da Valentina? Ela optou por desistir do enredo longo e escolheu escrever uma ficção sobre uma experiência vivida na obra infanto-juvenil As Aventuras de Violeta (2013).

 

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